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Se o fogo que arde na lareira,
Atrás da grade, sossegado,
Em labaredas rubras a trespassasse,
Lugubremente apressado.
E se esse fogo me procurasse,
E se esse fogo me descobrisse,
Se lânguido do seu canto se escapasse,
E minha carne consumisse.
Então o que restava?
Para além de cinza e osso negro,
De uma alma definhada,
De um corpo frágil e quebradiço?
Restava o todo que não é nada.
E se esse fogo fosse medo,
De perder o ainda não começado,
De correr o risco, investir a alma,
De te amar e talvez ser amado.
E se não fosse medo mas saudade,
Do que não volta, que está perdido,
Sonho desgraçado, amor fatídico,
Coração rasgado, vazio, despido.
E então, o que restava?
Além de cinza e osso negro,
De uma alma consumida,
De um corpo débil e quebradiço?
Restava um tudo que não me é nada.
Atrás da grade, sossegado,
Em labaredas rubras a trespassasse,
Lugubremente apressado.
E se esse fogo me procurasse,
E se esse fogo me descobrisse,
Se lânguido do seu canto se escapasse,
E minha carne consumisse.
Então o que restava?
Para além de cinza e osso negro,
De uma alma definhada,
De um corpo frágil e quebradiço?
Restava o todo que não é nada.
E se esse fogo fosse medo,
De perder o ainda não começado,
De correr o risco, investir a alma,
De te amar e talvez ser amado.
E se não fosse medo mas saudade,
Do que não volta, que está perdido,
Sonho desgraçado, amor fatídico,
Coração rasgado, vazio, despido.
E então, o que restava?
Além de cinza e osso negro,
De uma alma consumida,
De um corpo débil e quebradiço?
Restava um tudo que não me é nada.
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